Ao chegarmos na adolescência, temos certeza que ao sermos aprovados no ENEM, seremos, finalmente felizes. Ao ingressarmos na faculdade, sinônimo de felicidade é conseguirmos estágio. Depois, sermos efetivados. Depois receber tal salário, chegar em tal posição na empresa… e o ciclo nunca termina.

Os anos passam e a aposentadoria com a promessa de mais tempo livre passa a ser almejada. E não é à toa que tantas pessoas caem em depressão ao se aposentarem – há uma vida inteira por trás de pensamentos orientados para metas e mais metas. (Vejam que o texto não cita namorar, noivar, casar, ter filhos…)

Enquanto pensarmos “eu serei mais feliz quando….” e completarmos a frase com alguma meta, corremos um sério risco de só ver a vida passar. Poderemos chegar ao topo do mundo e continuaremos insatisfeitos, afinal, sempre há outra meta mais adiante.

Felicidade não é uma meta a ser batida. Uma vida feliz é uma coletânea de dias que valeram a pena serem vivos – os dias tristes foram importantes para uma porção de coisas, inclusive reconhecimento dos dias felizes.

Haverá momentos em algumas dessas metas serão batidas. Em outros elas serão construídas e haverão, ainda, dias maravilhosos em que as metas serão, simplesmente, esquecidas ou não alcançadas e está tudo bem também, a vida continuará valendo muito à pena!