Nosso amigo Jonas, profeta fujão, birrento e revoltado, chega quase a pedir que Deus faça uma escolha entre ele e os moradores de Nínive. “Se for para ser assim, Senhor, então eu estou fora! Para mim, nestes termos, é melhor morrer do que viver”. Parece até que estou ouvindo o Senhor falando comigo, exatamente agora: “Não acredito, Marcilio, que tens compaixão de coisas que podem ser compradas e negociadas, ou de plantas, por exemplo, como a que Jonas não fez nascer ou crescer, que numa noite nasceu e numa noite pereceu; e não hei de eu ter compaixão dos moradores da Terra, sejam eles quantos forem, que não sabem discernir, ainda, entre o certo e o errado, só porque você decidiu que não servem para ser seus companheiros de jornada? Vais seguir na intenção de humanizar as coisas e coisificar os humanos, atribuindo um valor menor a quem deveria se mais valorizado?  É razoável essa tua ira? Queres que Eu te trate com a mesma justiça com a qual você se dispõe a julgar os outros? Pense nisso, Marcilio, e depois conversamos!

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