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“Homens, por que vocês estão fazendo isso? Nós também somos humanos como vocês. Estamos trazendo boas novas para vocês, dizendo-lhes que se afastem dessas coisas vãs e se voltem para o Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há.” Atos 14:15

Coletivo Cafarnaum - Devocional 2021 - Temporada 2021 - Informado - Por do Sol - sunset

Sei que ontem prometi que faríamos nossos devocionais desta semana baseados no salmo 19, mas permitam-me, por favor, transcrever um texto, na íntegra, como está escrito em Atos 14:8-18, na versão A Mensagem.

“Em Listra, havia um homem que não podia andar. Vivia sentado, pois era aleijado desde que nascera. O aleijado estava entre os que ouviam Paulo falar, e, olhando-o nos olhos, o apóstolo viu que ele estava pronto para a obra de Deus, pronto para crer. Então, disse bem alto para que todos ouvissem: ‘Ponha-se de pé!’. O homem levantou-se e começou a pular e a andar como se tivesse feito aquilo a vida toda.

Quando viu o milagre, a multidão gritou entusiasmada no dialeto licaônico: ‘Os deuses desceram a nós! Estes homens são deuses!’. Para eles, Barnabé era Zeus; Paulo, Hermes, o mensageiro dos deuses (pois era Paulo quem falava). O sacerdote do santuário de Zeus organizou uma procissão com bois enfeitados e o povo, em fila, caminhando para os portões, prontos para o ritual de sacrifício.

Quando Barnabé e Paulo perceberam o que estava acontecendo, trataram logo de impedi-los. Sacudindo os braços, interromperam a procissão dizendo: ‘O que é isso? O que pensam que estão fazendo? Não somos deuses! Somos homens como vocês e estamos aqui para trazer a Mensagem, para convencê-los a abandonar essas superstições e a abraçar o Deus vivo. O Deus que nos fez e tudo o mais: céu, terra, mar, e tudo que neles há.

Nas gerações antes de nós, Deus permitiu que cada povo seguisse seu caminho. Mesmo assim, não os deixou sem pistas de sua existência, pois é o autor da bela criação, derrama a chuva e concede grandes colheitas. Se vocês estão alimentados e de coração alegre, isso é evidência de uma bondade que não merecem’. Com tal protesto enérgico e com dificuldade, os dois conseguiram impedir o sacrifício que os teria honrado como deuses.”

Como vimos, o fato de Paulo decidir que aquele era um bom momento de permitir-se ser usado por Deus para diminuir o sofrimento do homem aleijado, chamou a atenção da multidão de tal forma que tiveram a sensação de estar diante das divindades que eles adoravam. Na percepção daquelas pessoas, o milagre operado dava provas suficientes de que, se algo sobrenatural estava acontecendo diante de seus olhos, precisavam, imediatamente, reverenciar seus deuses. Ao perceber que estavam se organizando para oferecer-lhes algo que não pediram, e nem fizeram por merecer, Paulo e Barnabé tratam logo de impedir uma cerimônia que estava sendo organizada, e conduzem a atenção da multidão a quem de fato merecia toda adoração.

O detalhe que coloca esta história no contexto dos nossos devocionais é justamente a argumentação de Paulo ao lembrá-los de algo muito maior que ocorria todos os dias; um milagre ainda mais espetacular que a cura do aleijado. O apóstolo tratou de torná-los conscientes de um fato que eles mesmos (e nós também) já não davam tanta atenção. Em seu rápido discurso, Paulo nos lembra que se há algo que os seres humanos, de todos os tempos, não podem alegar é que desconhecem Deus e Sua autoridade, uma vez que Ele nunca deixou de revelar-Se, afinal, “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos” (Sl 19:1). Ainda que não tenha sido tão específico, suas palavras visavam tornar seus ouvintes conscientes que “um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo. Nos céus ele armou uma tenda para o sol, que é como um noivo que sai de seu aposento, e se lança em sua carreira com a alegria de um herói” (Sl 19:2-5).

John Stott, comentando seus Salmos Favoritos, escreveu: O testemunho que Deus dá de si mesmo, por meio dos céus, tem três características. Primeiro, é contínuo. “Um dia [fala] disso a outro dia; uma noite [revela] a outra noite” (v.2); o testemunho é dado sem intervalo. Segundo, é abundante. O verbo no versículo 2 é expressivo: fala. Terceiro, é universal. Mesmo sem discurso nem palavras (v.3), por meio da visão, e não do som, as palavras dos céus ressoam até os confins do mundo (v.4). Desse testemunho universal de Deus, dado pelos céus, o sol é um exemplo particular”, diz Stott, “Em imagens impressionantes, que obviamente não devem ser consideradas de modo literal, o salmista compara o nascer do sol a um noivo que sai de seu aposento, e o curso diário do sol pelo céu, à corrida de um herói/atleta, de modo que nada escapa ao seu calor (v.5-6)”.

Sendo assim, imagino que tendo bíblia o objetivo que tem, contendo ela o salmo que estamos estudando, bem como o registro da argumentação paulina, penso que o plano de Deus, para mim, está relacionado com a necessidade de me tornar cada vez mais consciente de que Deus me revela não apenas Seu amor, seu perdão e misericórdia o tempo todo, mas, e principalmente, que Ele mesmo está Se revelando a mim exatamente agora, enquanto o universo, sob Sua vigilância, mantém o ritmo preciso de seus movimentos e o Criador me oferece condições ideais para a manutenção da vida.

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Marcilio Egidio

Esposo, pai e pastor – nessa ordem. Eterno aprendiz da arte de servir. Alguém que decidiu colecionar os melhores amigos que a vida pode oferecer.