outubro não passou em branco, não foi neutro. A cada dia segui por um caminho, por muitos momentos segui e ouvi apenas meu coração. E Deus sabe o que está escrito ali, mesmo que ninguém mais o veja. Ele sabe. E a quem eu tentaria enganar, tentando reescrever os meus dias, tirando meus pecados de cena e tentando fazer bonito, pra quem um dia fosse ler esse diário?

Decidi deixar em branco. O que passou, passou. Não tem como ser alterado, por mais dor que cause, as consequências e o desconforto de águas passadas, permanecem.

Não quero passar mais tempo olhando para trás, no que poderia ter sido e não foi, naquilo que poderia ter sido evitado e não fiz nada, no tempo que poderia ter sido melhor utilizado e foi desperdiçado. Quero usar esse momento, não tentando esconder com palavras bonitas e uma rotina organizada, aquilo que só eu e o Senhor sabemos.

Escolho hoje, entender algo dito por Lutero anos atrás.

“Deus cria a partir do nada. Portanto, enquanto o homem não for nada, Deus nada poderá fazer com ele.”

É isso, isso que preciso entender, não sou nada. Não preciso fingir ser. Não sou. Só assim posso olhar com esperança pros meses que se seguem, não porque minha agenda está impecável, e minha rotina ajustada, ou porque as coisas no mundo começou a se ajustar, não se engane estamos em guerra e a previsão não é de melhora e paz, mas enquanto eu estiver aos pés da cruz, olhando pra quem eu sou, e contemplando quem Ele é, sei que meus dias estão seguros. Meu desafio?!

Entregar a caneta, e permitir que seja Ele o único autor da minha história.