autoabuso

Por Mariana Pacheco

Já ouviu falar de autoabuso? Você pode estar vivenciando…

Às vezes o amor-próprio parece não ser correspondido, não é mesmo? Quando confrontados com a realidade de que nossa autoimagem não é tão gloriosa quanto gostaríamos que fosse, a autocrítica chega de forma agressiva, pronta para atacar os “eus” imperfeitos.

Surgem diálogos internos constantes, nos quais cada ação é meticulosamente analisada e julgada de maneira brutal:

“Que estupidez foi essa que você fez?”

“Olha só o que você fez. É por isso que ninguém quer ficar perto de você.”

“Como assim você não consegue fazer aquilo. Todo mundo faz. Você é um incompetente mesmo!”

Por que nos submetemos a essa tortura mental?

Talvez seja uma forma de nos prepararmos para os ataques externos, um escudo para nos proteger do julgamento alheio. Ou quem sabe seja uma busca desesperada por empatia, um grito silencioso por aceitação, mesmo que venha de nós mesmos.

É como se disséssemos: “Vou me criticar antes que você o faça. Reconheço minhas falhas e imperfeições. Sou assim e não preciso ouvir broncas repetindo o que já sei. Espero sua empatia em vez de julgamentos. Além disso, quero que você me convença de que não sou tão ruim quanto imagino”.

Cuidado! Essa essa autodefesa tem custo alto: perpetua o ciclo de dor e sofrimento. É como se estivéssemos presos em um labirinto , em cada pensamento autocrítico é um passo mais profundo na espiral do autoabuso.

Há uma luz no fim desse túnel.

Tudo começa com o reconhecimento de nossos padrões de pensamento; com a coragem de olhar para nossas sombras e aceitar a nossa humanidade. É importante se responsabilizar pela mudança, lidar com as consequências, mas substituindo as palavras ásperas por gentileza e compaixão.

Você se identificou? Se tem sido duro consigo mesmo, saiba que não está sozinho. É possível encontrar o caminho para fora desse labirinto escuro, rumo à luz da autocompaixão. É uma jornada de autodescoberta e amor próprio, na qual cada passo é um ato de coragem e cada pensamento gentil é um raio de esperança.

Quem escreve:

Mariana Pacheco

Melhor amiga do Homero Nascimento. Psicóloga de Jovens e Adolescentes.

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