(…) Um outro detalhe que me chama a atenção nesta história. Ao enfrentar o preconceito religioso, cultural, étnico e até político, essa mulher me lembra que, às vezes, é preciso ir ao limite do constrangimento para receber a benção que tanto esperamos, não porque Deus exija esse tipo de constrangimento como requisito para atender a petição, mas para que saibamos, nós mesmos, até onde estaríamos dispostos a ir, em nossa relação com Ele, em favor de alguém que amamos. Esta história me lembra de Abraão, intercedendo pelas cidades de Sodoma e Gomorra, e não apenas por parte de sua família que morava naquele jugar. Em seu pedido intercede por 50, 45, 40, 30, 20…, até finalmente dizer: “Senhor, não fiques irado comigo por eu falar mais uma vez. Suponhamos que haja apenas dez…” (Gn 18:32).
Diante de histórias como essas, sempre me pergunto até onde eu seria capaz de ir, ao interceder, diante de Deus, por alguém da minha família, por exemplo. Será que estaria, eu mesmo, disposto a ir ao limite do constrangimento, para interceder por você, leitor, ao saber de uma necessidade específica e especial que você tem? Até onde eu iria, na busca de um milagre na sua vida, ou na vida da minha esposa e filhos? Até onde você iria, ao interceder por mim diante de Deus? Vou investir um tempo, hoje, pensando exatamente nisso. Quero ao final do dia, sob a ação do Espírito Santo, concluir que seguirei o exemplo dessa mulher, não só pelos meus filhos, esposa e amigos, mas por você também – ainda que não o conheça pessoalmente, ainda!