Queremos viver para sempre. Isto é um fato comprovado diariamente. Quando reclamamos do tempo que a Previdência Social nos dá de serviço antes de aposentar; quando vibramos com mais um ano de vida; ou quando sepultamos alguém querido. De todas as situações que nos dão o desejo de viver eternamente é claro que o maior desafio é a morte. Não é à toa que Paulo afirmou: “o último inimigo é a morte” (1 Cor. 15:26).
Buscamos realizar algo inesquecível justamente por causa deste anseio. Nos tempos antigos ter um filho era a chance de tornar o seu nome eterno. Por isso muitas mulheres sofriam por não conseguirem engravidar. Eram consideradas uma desgraça humana por não perpetuarem o nome do marido. Hoje buscamos a mesma coisa de um jeito diferente. Esperamos reconhecimento profissional, estudantil ou financeiro.
Almejamos por lembrarem-se de nós, mesmo sem ter deixado algum motivo. É a mesma coisa que fazíamos quando bebê ao pedir colo com um chorinho “sem vergonha”. A diferença que agora usamos o poder, a influência ou a beleza (é claro que isso serve para alguns apenas) para conseguir o que almejamos. Mas qual a finalidade?
Salomão afirma algo que responde muitas questões: Deus “pôs no coração do homem o anseio pela eternidade” (Ecl. 3:11 – NVI). Isto responde nossa busca por reconhecimento e medo de cair no esquecimento. Não será por isso que nos deprimimos quando não curtem nossas publicações nas redes sociais ou esquecem de nosso aniversário? É como se esquecessem de nossa existência. E o que dizer da morte? Não dá para enter muito menos explicar. Parece difícil conciliar um Deus de amor diante de tamanha dor. Mas somos tão egoístas nessas horas que nem nos lembramos de que Deus sabe exatamente o que é isso. Não foi Seu filho crucificado? Não foram Seus filhos que perderam o paraíso? Não é você um filho que insiste em viver sozinho, sem Ele? O Eterno sabe o que é ter a eternidade ameaçada. Por isso sofre ao nos ver sofrer, não importa com que perda.
O grande problema é que esse anseio pela eternidade está pulsando em um coração desgovernado pelo pecado. Se o amor de Cristo não nos devolver o rumo, estaremos andando perdido, longe de casa e sem rumo. Senhor, dá-me um coração inspirado em Ti. Que sabe encarar o anseio pela eternidade com serenidade e paciência, principalmente diante da dor.
* Texto Extraído de "CLEAN: UMA JORNADA EM BUSCA DO AMOR,TEMPO E ETERNIDADE", disponível em Amazon.com
Denison Cavalcante
Somente alguém tentando ver a vida com as lentes do Mestre. Amo a vida, os livros e minha família.