Quase todas as definições que li apresentação o ato de admirar como resultado da contemplação, desde que gere uma mistura de espanto e prazer. Não aquele espanto de medo, mas sim o que nos maravilha, encanta e provoca a sensação de que estamos diante de algo ou alguém fora do comum. Inspirador. E esse mesmo sentimento nos enche de prazer e satisfação. Por isso gostamos de estar perto de pessoas que admiramos. Investimos horas de nossa vida em coisas que mexem com nossa compreensão. com nossa razão.

Talvez essa seja a razão de muitos casamentos acabarem. Não foi o amor que chegou ao fim, pois ele é eterno. O que ocorre é o fim da admiração, que por sua vez se acabou pela falta de contemplação. Aquele olhar que procura as qualidades e não defeitos. Que se alimenta do que é belo da vida, das coisas ou de alguém.

Contemplando a grandeza de Deus, em sua natureza por exemplo, descobrimos o prazer de amá-Lo. Meditando em seu amor provado na cruz somos inspirados a imita-Lo. Mas isso não vem do nada. Sem dedicar tempo para contempla-Lo não há como ama-Lo. Nas palavras do Salmista: “Quando contemplo os teus céus escuros e imensos…e olho pra mim, me pergunto” quem sou eu? (Salmo 8:3 e 4). Admirar nos leva de volta para nosso lugar o que, por sua vez, nos faz amar.

Senhor, que eu aprenda a contemplar Seu poder e amor. Que isso me leve de volta a amar quem insisto em não amar.

Olhe mais para seu cônjuge, admire seus amigos, busque o melhor de cada ser humano a ponto de admira-los. Deixe o espanto de suas qualidades inspirar você. A razão trará de volta o amor!